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Sementes

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"Meus queridos amigos, o velho jardineiro olhou espantado quando lhe disse: trago-te, velho jardineiro, sementes queridíssimas. Vela, para que germinem, floresçam, cresçam. Já lhe daste com sementes de confiança? Sabes como plantar e regar sementes de amor? Sabes como proteger e propagar sementes de alegria? Quanta desconfiança no mundo! Quanta prevenção! Quanta gente que não acredita em nada, nem em ninguém. É tão importante semear confiança. E que dizer do amor? Há pessimistas que acham que o amor sumiu. O grande e belo amor. Há pessimistas que acham que hoje quando se fala de amor é simulacro de amor. É amor sem raízes, incapaz de resistir à menor tempestade. Para o grande e belo amor, não basta plantar sementes escolhidas. É indispensável cuidar do amor, regá-lo como se rega uma planta queridíssima. Jardineiro, jardineiro, mesmo plantando sementes de confiança e de amor, ficam faltando sementes de alegria. Pergunta-me o que quiseres, velho jardineiro. Lido com sementes de alegria, de amor e de confiança desde os meus tempos de menino. Se há pragas que as ataquem, se há meio de protegê-las, se há insetos que as devorem, para as minhas sementes prediletas de confiança, de amor e de alegria, o grande perigo é o egoísmo. Quem só confia em si, como pode confiar nos outros? Quem se ama sem limites, não tem lugar nenhum para amar ninguém. O egoísta se engana quando pensa que ama alguém de modo infinito. Quem ama demais acaba amando a si mesmo, querendo dominar, absorver, controlar a pobre pessoa, aparentemente amada. Na medida em que o egoísmo cresce, some a verdadeira alegria. O egoísmo que era a própria alegria imposta aos demais, sem o mais leve respeito para com o estado de espírito de cada um. Velho e querido jardineiro, capricha no plantio das queridas sementes, de confiança verdadeira, do grande e belo amor, da alegria autêntica, que nem o tentador logra atingir."

Fonte:

3 Recados:

by Mari artesanatos disse...

Oi Si, esta mensagem contém palavras duras, porém expressa corretamente, o que é o ser Humano!

Fabrine Alves Céu disse...

Em primeiro lugar parabéns pelo belíssimo texto... Sou blogueira unida tmb e amei seu blog, coloquei seu banner no meu blog, já estou seguindo vc viu?! Se puder da uma passadinha no meu blog e fique a vontade para deixar sua opinião e seguir tmb... BjO!

Anônimo disse...

Mais uma vez... vim te visitar! bj, retribui a visita vai???

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Dia 19 de Março - Dia do Artesão

Dia 19 de Março - Dia do Artesão
Minha poesia é inglória, vive em bancas incertas.
Do pódio e das vitórias, traduz histórias discretas.
Nos dizeres, incontida, minha poesia é de lua, às vezes, reza vestida às vezes, discursa nua.
Meu poema é artesanato.
E sai-me pronto das mãos.
Coso-o, com muito cuidado, cirzo-o, sem distração.
Às vezes, vem das sucatas de contas e velhos botões, de renda e fitas baratas, da fieira dos piões.
Que ressona atrás da porta, tem os pêlos de um cão, no final das linhas tortas traz pena, paina, algodão. Tem cores das violetas, pose de pedra-sabão.
Nas asas da borboleta, nem coloca os pés no chão.
O poema-artesanato traz ponto-cruz, bordaduras.
É sempre um simples retrato de uma notória figura. Retirado da net.


São José Carpinteiro.

São José Carpinteiro.